Catolicismo - análise bíblica sobre os conceitos da Igreja Católica - Parte 1
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Olá, amigo(a) leitor(a).
Neste estudo bíblico, serão abordados muitos (se não todos) os dogmas e conceitos da Igreja Católica, tais como: rezas, mandamentos, batismo, confissão, penitência, Papa, perpétua virgindade de Maria, mãe de Deus, imaculada conceição da virgem Maria, Assunção da Virgem Maria, purgatório, eucaristia, confirmação (crisma), sagrado matrimônio, ordens sagradas, veneração de imagens, veneração de relíquias, intercessão dos santos e objetos litúrgicos católicos.
O objetivo é trazer para você, prezado(a) leitor(a), se esses conceitos e dogmas adotados e determinados pela Igreja Católica são corretos diante da vontade de Deus. Para isso, peço que você tenha em mãos a Bíblia de sua preferência para ler e confirmar todas as passagens que serão citadas neste estudo.
NÃO É OBJETIVO causar intrigas e julgar qualquer pessoa, pois Deus ama todas as pessoas igualmente. Eu, que escrevo este estudo, quero deixar claro que passei 19 anos da minha vida (desde o nascimento) na Igreja Católica sem saber o porquê de muitas coisas, pois não fui ensinado a ler a Bíblia, porém Deus me deu a oportunidade de conhecer a verdade, que é a Palavra Dele para nós, e hoje posso escrever este estudo, para que as pessoas que o leiam possam ter seus olhos abertos, assim como os meus também foram, e enxergar que só há um caminho para a salvação, Jesus, pois Ele disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." João 14:6
Caso você tenha mais dúvidas em relação a qualquer assunto em relação ao Catolicismo ou a qualquer outra religião ou seita, envie um e-mail para o endereço estudos@viveremverdade.com.br, e iremos responder suas dúvidas fundamentados
na Palavra de Deus.
Ore a Deus, neste momento, pedindo que você compreenda tudo o que você irá ler.
Caso queira, ore assim: "Deus, eu inicio a leitura deste estudo falando com o Senhor e pedindo que abra o meu entendimento para compreender, refletir e questionar tudo que irei ler, pois quero conhecer a verdade absoluta que é a Sua vontade. Senhor, repreenda toda tentativa de Satanás de impedir que eu compreenda o que irei ler. Ajuda-me, Espírito Santo, durante esta leitura. Eu Lhe peço e agradeço. Amém".
Igreja Católica
O termo "católico" significa, em grego, UNIVERSAL. A Igreja Católica considera-se única, fazendo uma comparação com a Arca de Noé no versículo de Gênesis 7:1, para afirma que "fora da Igreja não há salvação (...) ela é figurada pela Arca de Noé, a única que salva do dilúvio.".
Gênesis 7:1
"Depois disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração."
Porém, a arca não simboliza nenhuma igreja ou organização religiosa, mas a salvação, oferecida na pessoa de Jesus Cristo. Ele é a nossa arca, a nossa salvação. Leia em Atos 4:12 e Hebreus 7:25.
Atos 4:12
"E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos."
Hebreus 7:25
"Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele [Jesus] se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles."
Papa
Na Igreja Católica, o Papa é reconhecido como autoridade suprema e é considerado sucessor do apóstolo Pedro. Além disso, o Papa é considerado infalível. Esse dogma foi definido no Concílio Vaticano I.
Para afirmar que os papas são sucessores do apóstolo Pedro, considerado o primeiro Papa pela Igreja Católica, são os usados os versículos de Mateus 16:15-19. A Igreja Católica diz que Pedro foi o primeiro papa e governou por 25 anos em Roma.
Mateus 16:15-19
"Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus."
Porém, Pedro não há fundamentação bíblica ou histórica que afirma que Pedro foi o primeiro papa. A expressão “sobre esta pedra” relaciona-se com a resposta de Pedro, “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. É sobre Cristo que a Igreja foi edificada, e não sobre Pedro. Jesus afirmou que Ele mesmo era a pedra (Mateus 21:42).
Mateus 21:42
"Diz-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra, que os edificadores rejeitaram, Essa foi posta por cabeça do ángulo; Pelo Senhor foi feito isto, E é maravilhoso aos nossos olhos?"
Essa afirmação é uma interpretação veraz de Salmos 118:22.
Salmos 118:22
"A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a cabeça da esquina."
O próprio Pedro identificou Jesus como a pedra em Atos 4:8-12 e 1 Pedro 2:4-6.
Atos 4:8-12
"Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Principais do povo, e vós, anciãos de Israel, Visto que hoje somos interrogados acerca do benefício feito a um homem enfermo, e do modo como foi curado, Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos."
1 Pedro 2:4-6
"E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo."
Se Pedro foi papa durante 25 anos, então existe algo errado, já que esse apóstolo foi martirizado no reinado de Nero, por volta de 67 ou 68 dC. Se você subtrair 25 anos de 67 ou 68, encontrará o ano de 42 ou 43 dC. Nessa época, não havia ocorrido ainda o Concílio de Jerusalém (Atos 15), que se deu mais ou menos no ano de 48 dC, ou um pouco depois. Pedro participou do concílio, mas foi Tiago quem o realizou e presidiu (Atos 15:13, 19). Em 58 dC, Paulo escreveu a epístola aos romanos e, no capítulo 16, mandou saudação para muita gente em Roma, mas Pedro sequer é mencionado. Por outro lado, Paulo chegou à Roma no ano 62 dC e foi visitado por muitos irmãos. Todavia, nesse período, não há nenhuma menção a Pedro ou a algum Papa.
Atos 28:30-31
"E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo; Pregando o reino de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum."
O apóstolo Paulo escreveu 4 cartas de Roma: Efésios, Colossenses, Filemon (62 dC) e Filipenses (entre 67 e 68). Pedro não é mencionado em nenhuma delas. Novamente, não se tem notícia desse suposto papa. Assim, não existe fundamento bíblico e nem subsídio histórico para consubstanciar a figura do papa.
Ainda sobre o poder concedido a Pedro em Mateus 16:15-19, estaria Jesus outorgando autoridade para que outras pessoas a exercessem de forma única como outra cabeça da Igreja? A mesma autoridade concedida a Pedro por Jesus foi dada também a todos os apóstolos em Mateus 18:18.
Mateus 18:18
"Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu."
O capítulo 18 de Mateus, especificamente no versículo acima, mostra que não foi dado nada a Pedro que também não tenha sido dado aos outros discípulos.
Quanto à infalibilidade do Papa, a Bíblia diz em Romanos 3:23 que:
"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;"
Se todos nós pecamos, como pode haver alguém infalível? Somente aquele não pecou é infalível. A Bíblia relata que Jesus passou pelas mesmas tentações que nós, porém, sem pecado.
Hebreus 4:15
"Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado."
O que mais impressiona em relação à determinação da Igreja Católica sobre o cargo de papa é que o homem que se torna papa não era infalível antes de assumir o cargo. Logo que assume o cargo, torna-se infalível.
Dogmas
A Igreja Católica definiu em diversos concílios vários dogmas a respeito do ser humano, de Maria, do papa, da morte, do céu, do inferno, do purgatório, dentre outros assuntos.
Um dogma é uma verdade absoluta, definitiva, imutável, infalível, inquestionável e "absolutamente segura sobre a qual não pode pairar nenhuma dúvida“. Uma vez proclamado, nenhum dogma pode ser revogado ou negado nem mesmo pelo Papa ou por decisão de um Concílio. Todo católico é obrigado a aderir, aceitar e acreditar nos dogmas de uma maneira irrevogável. Dentre os dogmas mais recentes estão a Imaculada Conceição (1854) e a Assunção de Nossa Senhora (1950).
Dogmas sobre o ser humano
Um dogma sobre o ser humano é: "O homem é formado por corpo material e alma espiritual", ou seja, 2 partes (corpo e alma). Porém, a Bíblia diz em 1 Tessalonicenses 5:23 "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.". A Bíblia diz que o homem é formado por 3 partes e não por 2, como afirma a Igreja Católica. Para conhecer mais sobre essas 3 partes que forma o ser humano, aconselho a leitura do livro "O Homem Espiritual", de Watchman Nee.
Dogmas marianos (sobre Maria)
Perpétua Virgindade de Maria
Para a Igreja Católica, Maria foi virgem perpetuamente. A Perpétua Virgindade de Maria ensina que Maria é virgem antes, durante e depois do parto. Este dogma mariano é o mais antigo da Igreja Católica e Oriental Ortodoxa, que afirma a "real e perpétua virgindade mesmo no ato de dar à luz ao Filho de Deus feito homem." Assim Maria foi sempre Virgem pelo resto de sua vida, sendo o nascimento de Jesus como seu filho biológico, uma concepção milagrosa.
Porém, não é isso que a Bíblia diz. Em Lucas 2:7, 23, a Igreja Católica diz que o termo primogênito não significa que a mãe de Jesus tenha tido outros filhos após ele.
Lucas 2:7
"E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem."
Lucas 2:23
"(Segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo o macho primogênito será consagrado ao Senhor);"
O termo primogênito não implica necessariamente que Maria tenha tido outros filhos. No entanto, o texto está bastante claro, considerando outros textos bíblicos que ela realmente teve outros filhos. Lucas 8:19 refere-se aos irmãos de Jesus.
Lucas 8:19
"E foram ter com ele sua mãe e seus irmãos, e não podiam aproximar-se dele, por causa da multidão."
Marcos 6:3 refere-se aos irmãos de Jesus, fornecendo o nome de 4 deles, além de citar que ele tinha também irmãs.
Marcos 6:3
"Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele."
A Igreja Católica ainda diz que os irmãos de Jesus citados na Bíblia são primos na verdade. O Catolicismo interpreta assim para sustentar sua doutrina. Porém, leia Mateus 12:46-50.
Mateus 12:46-50
"E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe. E disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem falar-te. Ele, porém, respondendo, disse ao que lhe falara: Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos? E, estendendo a sua mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; Porque, qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe."
O Catolicismo interpreta de maneira errada o termo IRMÃOS. Assim, eles acreditam que Jesus não tinha irmãos no verdadeiro sentido dessa palavra e o grau de parentesco que ela dá. No entanto, esse raciocínio não desfruta de nenhum apoio das escrituras. A Bíblia é clara ao afirmar que Jesus tinha 4 irmãos, além de várias irmãs (Mateus 13:55, Marcos 3:31-35, Marcos 6:3, Lucas 8:19-21, João 2:12, João 7:2-10, Atos 1:14, 1 Coríntios 9:5, Gálatas 1:19). Portanto, Maria não permaneceu virgem. Esse conceito só passou a fazer parte da teologia muitos séculos depois de Jesus.
Mãe de Deus
A Igreja Católica diz que Maria é verdadeiramente a mãe de Deus encarnado em Jesus Cristo. A definição como Mater Dei (em latim) ou Theotokos (em grego) foi afirmada por diversos padres da Igreja nos três primeiros séculos, como Inácio (107), Orígenes (254), Atanásio (330) e João Crisóstomo (400). O Terceiro Concílio Ecumênico, realizado em Éfeso decretou esta doutrina dogmaticamente em 431. A visão contrária, defendida pelo patriarca de Constantinopla, Nestório, era que Maria devia ser chamada de Christotokos, que significa "Mãe de Cristo", para restringir o seu papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não da sua natureza divina. A Bíblia se refere à Maria como a mãe de Jesus enquanto ele esteve aqui na terra.
João 2:1-2
"E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a mãe de Jesus. E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas."
Imaculada Conceição da Virgem Maria
A Igreja Católica diz que Maria foi concebida sem pecado original. Sua Imaculada Conceição relata que a concepção de Maria, a mãe de Jesus, foi feita sem qualquer mancha de pecado original, no ventre da sua mãe. Assim, desde o primeiro momento da sua existência, ela foi preservada por Deus do pecado que aflige a humanidade, pois ela é "cheia de graça divina" (forma como foi chamada pelo Anjo Gabriel). Também relata que ela viveu uma vida completamente livre de pecado.
Mas não é isso que a Bíblia diz:
Para esclarecer a falsidade desse dogma, basta relembrarmos o mesmo princípio utilizado para justificar a infalibilidade do papa. "Todos pecaram", inclusive Maria. Ela, sem dúvida, foi uma mulher bem-aventurada, mas pecou como todos nós. Somente um homem não pecou, Jesus, aquele que assumiu os nossos pecados, morreu e ressuscitou para que pudéssemos ser reconciliados com Deus.
Romanos 3:23-24
“23Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, 24sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,”
Hebreus 4:15
“15Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.”
Assunção da Virgem Maria
A Igreja Católica afirma que a virgem Maria, no fim de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória celestial. Este dogma foi proclamado ex cathedra pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950, por meio da Constituição Munificentissimus Deus: "Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu".
O próprio Papa Pio XII deixou liberadamente em aberto se Maria foi elevada aos céus após sua morte ou ainda em vida. Não há nenhuma referência na Bíblia de que Jesus “aumentou a glória de Maria” e de que ela subiu aos céus.
Dogmas sobre as últimas coisas
A Igreja Católica também define dogmas em relação ao céu, ao inferno e ao suposto purgatório.
O céu
A Igreja Católica diz que "As almas dos justos que no instante da morte se acham livres de toda culpa e pena de pecado entram no céu“.
O inferno
A Igreja Católica diz que "O inferno é uma possibilidade graças a nossa liberdade. Deus nos fez livres para amá-lo ou para rejeitá-lo. Se o céu pode ser representado como uma grande ciranda onde todos vivem em plena comunhão entre si e com Deus, o inferno pode ser visto como solidão, divisão e ausência do amor que gera e mantém a vida. Deve-se salientar que a vontade de Deus é a vida e não a morte de quem quer que seja. Jesus veio para salvar e não para condenar. No limite, Deus não condena ninguém ao inferno. É a nossa opção fundamental, que vai se formando ao longo de toda vida, pelas nossos pensamentos, atos e omissões, que confirma ou não o desejo de estar com Deus para sempre. “
Não é assim que a Bíblia diz:
Marcos 16:16
“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”
João 3:18
“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.”
Observe que aquele não crê em Jesus já está condenado. Analise ainda nesse versículo que existem apenas 2 caminhos: salvação ou condenação. Porém, a Igreja Católica define uma terceira opção chamada de PURGATÓRIO. Logo abaixo, fazemos uma análise bíblica sobre o purgatório, provando a sua inexistência.
O purgatório
A Igreja Católica diz que “As almas dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados veniais (leves) ou por penas temporais devidas pelo pecado vão ao purgatório. O purgatório é estado de purificação”.
Segundo a Igreja Católica, o Purgatório não é um nível intermédio entre o Inferno e o Paraíso, mas uma última oportunidade de purificação/conversão onde as pessoas que morreram em estado de graça (isto é, não estão manchados pelo pecado mortal e, portanto, já estão destinadas ao Paraíso), mas ainda precisariam se preparar para ter capacidade de ver Deus face a face no Céu. Este fato justifica-se pela existência nas almas destas pessoas de manchas originadas pelos pecados veniais (ou leves) e pelas penas temporais devidas ao pecado, nomeadamente dos pecados mortais, cujas culpas já estão previamente perdoadas por Deus, sacramentalmente ou não.
A existência do Purgatório foi teorizada no pontificado do Papa Gregório I, em 593, com base no livro de 2ª Macabeus 12.42-46. O Concílio de Florença, realizado em 1439, aprovou a doutrina, que foi confirmada depois no Concílio de Trento, em 1563 (nesse concílio, a Igreja Católica definiu que os livros apócrifos, incluindo Macabeus, fariam parte da Bíblia). Livros apócrifos (1ª e 2ª Macabeus, por exemplo) são livros que NÃO foram reconhecidos como divinamente inspirados por Deus, ou seja, não representam a verdade que é a Palavra de Deus. A Igreja Católica inseriu esses livros em sua Bíblia para justificar sua doutrina. São livros apócrifos: Judite, Tobias, Baruque, Eclesiástico (não é Eclesiastes), Sabedoria de Salomão, I e II Macabeus, além de trechos que foram adicionados aos livros de Ester e Daniel.
A Igreja Católica também se baseia em alguns trechos dos Evangelhos, que sugerem a existência de penas de gradações variadas, não-eternas, para justificar a existência do Purgatório.
Lucas 12:45-48
"Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir; e começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se, virá o senhor daquele servo no dia em que o não espera, e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis. E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites; Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado. E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá."
O trecho destacado em negrito é usado pela Igreja Católica para justificar a existência do purgatório, porém essa interpretação é um enorme equívoco em relação à interpretação bíblica, pois o Catolicismo retira o versículo do contexto para apoiar sua doutrina. Nos versículos acima, Jesus ensinou que aquele que o conhecer será mais cobrado do que aquele que não o conhecer. Um dos motivos para essa maior cobrança é que todos que conhecem a Jesus receberam Dele uma missão que está em Marcos 16:15: "pregar o evangelho a toda criatura".
Marcos 16:15
"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura."
Outro motivo para haver maior cobrança sobre aqueles que conhecem a Jesus está em Tiago 4:17.
Tiago 4:17
"Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado."
Aquele que conhece a Jesus conhece o caminho da Salvação e, se não se preparar para a volta Dele para buscar a igreja, significa que optou, conscientemente, por não se preparar. Já aquele que não conhece Jesus e, consequentemente, não conhece o caminho da Salvação, não sabe como se preparar.
Leia agora a 2ª parte deste estudo bíblico